Quando se viu pela primeira vez Na tela escura de seu celular Saiu de cena pra poder entrar E aliviar a sua timidez Vestiu um ego que não satisfez Dramatizou o view da rotina Como fosse dadiva divina Queria só um pouco de atenção Mas encontrou a própria solidão Ela era só uma menina
Abrir os olhos não lhe satisfez Entrou no escuro de seu celular Correu pro espelho pra se maquiar Pintou de dor a sua palidez E confiou sua primeira vez No rastro de um pai que não via Nem a própria mãe compreendia O passo tempo de prazeres vãos Viu toda graça escapar das mãos E voltou pra casa tão vazia
Amanheceu tão logo se desfez Se abriu os olhos de um celular Aliviou a tela ao entrar Tirou de cena toda timidez Alimentou as redes de nudez Fantasiou o brio da rotina Fez de sua pele sua sina Se estilhaçou em cacos virtuais Nas aparências todos tão iguais Singularidades em ruínas
Entrou no escuro de sua palidez Estilhaçou seu corpo celular Saiu de cena pra se aliviar Vestiu o drama uma última vez Se liquidou em sua liquidez Viralizou no cio da ruína Ela era só uma menina Ninguém notou a sua depressão Seguiu o bando a deslizar a mão Para assegurar uma curtida.
Compositor: Thiago Iorczeski (Tiago Iorc) (ABRAMUS)Editor: Iorc (ABRAMUS)Administração: Sony Music Publishing Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2019 (23/Set) e lançado em 2019 (30/Set)ECAD verificado obra #22236526 e fonograma #19303949 em 20/Abr/2024 com dados da UBEM