Comprei um burro picaço De três anos mais ou menos Na hora de dá o recibo O tropeiro foi dizendo
Cuidado com esse macho Esse bicho tem fama de ser perigoso Por ter matado um peão O nome do burro ficou criminoso
Joguei o lombio no burro O macho se estremeceu Apertei a barrigueira O meu burrão se encolheu
Sentei em riba do couro O povo de perto de medo correu Mas, qual o quê minha gente Pagão que me aguente ainda não nasceu
Tosei a crina do burro No sistema meia lua Pra cortá uma légua e meia Meu criminoso nem sua
Pra varar uma tranqueira Passá uma porteira por riba ele avua Faz eco por todo o lado Com o passo picado nas pedras da rua
Eu já vi burro ligeiro Mas igual este ainda não Enjeitei cinco pacotes Do filho do meu patrão
Gosto muito de dinheiro Cinco mil cruzeiros não leva o machão E pra falar com franqueza Não existe riqueza que compre o burrão
Compositor: Anacleto Rosas Junior (Anacleto Rosas) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 2001 (26/Abr)ECAD verificado obra #14008 e fonograma #2698 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM