Eu sou do tempo em que cantavam os seresteiros Um violeiro sem bagagem, sem tostão E nesta terra conheci o bom da vida Canto pra quem acredita na voz do coração
Comprei um baio de trote bem macio Chamei de Raio por seu passo bem ligeiro E trabalhei dias e horas a fio Seguindo as águas deste rio tornei-me um bom cavaleiro
Fiz minha casa lá no pé daquela serra Toda cercada com a invernada bem de fronte E da varanda avista a passarada Que seguia alvoroçada o caminho dessa fonte
De água pura, bem gelada e cristalina Coisa sagrada essa tal água de mina Bebi um gole e fiz meu pensamento Se eu mereço, já é tempo, de ter minha menina
Foi quando eu vi no campo de trigo dourado A tal menina de cabelo aveludado A pele branca tinha um cheiro de flor Mais eu sabia que o amor deixava tudo perfumado
E nos olhamos com zelo e muito espanto Mas no entanto eu já quis lhe carregar Foi quando ela devagar chegou bem perto E disse, você está certo estou aqui pra me casar
E nos casamos na quermesse de domingo E eu sorrindo nem podia acreditar Não era sonho, era a minha realidade A menina de verdade água pura fez brotar
Se a minha história lhe parece inventada Não diga nada e nem revele a alguém Mas se acredita nas façanhas desta vida Conte que este violeiro é feliz como ninguém
Compositores: Rafael Fioravante Alterio (Rafael Alterio) (ABRAMUS), Rita de Cassia Albuquerque Alterio (Rita Alterio) (ABRAMUS)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 1997 (01/Set)ECAD verificado obra #37995 e fonograma #27197 em 29/Out/2024 com dados da UBEM