Das muitas coisas Do meu tempo de criança Guardo vivo na lembrança O aconchego de meu lar No fim da tarde Quando tudo se aquietava A família se ajuntava Lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham Nem escola e nem dinheiro Todo dia o ano inteiro Trabalhavam sem parar Faltava tudo Mas a gente nem ligava O importante não faltava Seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes Vi meu pai chegar cansado Mas aquilo era sagrado Um por um ele afagava E perguntava Quem fizera estrepolia E mamãe nos defendia E tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha A viola alguém trazia Todo mundo então queria Ver papai cantar pra gente Desafinado Meio rouco e voz cansada Ele cantava mil toadas Seu olhar no sol poente
O tempo passa E eu vejo a maravilha De se ter uma família Enquanto muitos não a tem Agora falam Do desquite, do divórcio O amor virou consórcio Compromisso de ninguém
Há tantos filhos Que bem mais do que um palácio Gostariam de um abraço E do carinho de seus pais Se os pais se amassem O divórcio não viria Chamam isso de utopia Eu a isso chamo paz
Compositor: Jose Fernandes de Oliveira (Pe. Zezinho Scj) (ABRAMUS)Editor: Instituto Alberione (ABRAMUS)Publicado em 2014 (16/Jun) e lançado em 2003 (01/Ago)ECAD verificado obra #651661 e fonograma #11514127 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM