Diga, você me conhece Eu já fui boiadeiro Conheço essas trilhas Quilômetro, milhas Que vem e que vão Pelo alto sertão Que agora se chama Não mais de sertão Mas de terra vendida Civilização
Ventos que arrombam janelas E arrancam porteiras Espora de prata riscando as fronteiras Selei meu cavalo Matula no fardo Andando ligeiro Um abraço apertado E um suspiro dobrado Não tem mais sertão
Os caminhos mudam com o tempo Só o tempo muda um coração Segue seu destino, boiadeiro Que a boiada foi no caminhão
A fogueira à noite Redes no galpão O paiero, a moda O mate, a prosa A saga, a sina Causo e onça Tem mais não Ô... peão
Tempos e vidas cumpridas Pó, poeira, estrada História contida Nas encruzilhadas Em noites perdidas No meio do mundo Mundão cabeludo Onde tudo é floresta E campina silvestre Mundão, caba não
Sabe que um bom viajante Nada é distante Um bom companheiro Não conto dinheiro Existe uma vida Uma vida vivida Sentida e sofrida De vez por inteiro E esse é o preço pra eu ser brasileiro
Os caminhos mudam com o tempo Só o tempo muda um coração Segue seu destino, boiadeiro Que a boiada foi no caminhão
A fogueira à noite Redes no galpão O paiero, a moda O mate, a prosa A saga, a sina Causo e onça Tem mais não Ô... peão
Compositores: Almir Eduardo Melke Sater (Almir Sater) (ABRAMUS), Renato Teixeira de Oliveira (Renato Teixeira) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2017 (03/Out) e lançado em 2017 (05/Out)ECAD verificado obra #53059 e fonograma #14196367 em 20/Abr/2024 com dados da UBEM