Anteontem minha gente, fui juiz numa função de violeiros no nordeste cantando em competição vi cantar dimas batista e otacílio seu irmão ouvi um tal de ferreira ouvi um tal de joão um a quem faltava um braço tocava com uma só mão mas como ele mesmo disse com veia de emoção eu canto a desesperança vou na alma e dou um nó quem me ouvir vai ter lembrança de tomás de um braço só outro por nome de euclides pedia com voz mais rouca maior atenção de eurides mas dizem que ela era mouca já o joca de carminha não via a hora chegar por onde anda nezinha que não vem me cantar? Aquilo é mulher de lua Dia tá bem, outro não gosta de mim, mas não vem futuro na profissão mesmo assim jurou que vinha e me fez ficar contando sem saber cadê nezinha joca foi desanimando friagem no lajedo no ar do olhar um tormento cantar os males mode apagar um amor ardendo dentre todos repentistas zé jacinto é o mais menino esse nem tava na lista mas é neto de jovino joão brana e pernambuco arribaram sem cantar um porque tava de luto, o outro não quis explicar cá no desvão do nordeste a vida não vale o nome é gente que nasce e cresce pra dividir sede e fome mal come‚ou zé de tonha todos caíram vencidos
Cantando suas vergonhas foi ele o mais aplaudido friagem no lajedo no ar do olhar um tormento cantar os males mode apagar um amor ardendo
Compositor: Djavan Caetano Viana (Djavan) (UBC)Editor: Luanda (UBC)Publicado em 1992ECAD verificado obra #40373 e fonograma #9196448 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM