oh que saudade Do luar da minha terra Lá na serra branquejando Folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade Tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão
se a lua nasce Por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata Prateando a solidão
E a gente pega Na viola que ponteia E a canção é a lua cheia A nos nascer do coração
coisa mais bela Neste mundo não existe Do que ouvir-se um galo triste No sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua É que descanta Escondida na garganta Desse galo a soluçar
ah quem me dera Que eu morresse lá na serra Abraçado à minha terra E dormindo de uma vez
Ser enterrado Numa grota pequenina Onde à tarde a sururina Chora a sua viuvez
Compositor: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1996 (01/Abr)ECAD verificado obra #2013726 e fonograma #20880 em 25/Out/2024 com dados da UBEM