Quando o roceiro viu a terra esturricada Na sua roça já cansada, seu olhar umedeceu Com a falta d'água da seca do mês de agosto Foi tamanho seu desgosto que de tristeza morreu
E no momento que a pobre criatura Baixava na sepultura por debaixo de uma cruz Aquela alma nos murmúrios do cipreste Ia na mansão celeste pra pedir chuva à Jesus
Depois de um pouco que o pobre foi enterrado Todo o céu ficou nublado e de crepe se enlutou E veio a chuva, pingos d'água cristalina Como lágrimas divinas de Jesus, Nosso Senhor
Depois das chuvas quando é noite de luar Geme o vento a ciciar o milho que floresceu Até parece que a alma do roceiro Rondando pelo carreiro da roça que reviveu
Compositores: Ado Benatti (UBC), Antenor Serra (Serrinha) (UBC), Campos NegreirosEditor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 1998 (25/Nov) e lançado em 1998 (01/Dez)ECAD verificado obra #3612820 e fonograma #533400 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM