Eu nunca quis te dizer Sempre te achei bacaninha O tempo todo sonhando A tua pica na minha
O teu rostinho bonito Um jeito diferentão De olhar no olho da gente E de criar confusão
O teu andar malandrinho O meu cabelo em pé O teu cheirinho gostoso A minha vida de ré
Você me dando uma bola E eu perdido na escola Essa fissura no ar Parece que eu tô correndo E sem vontade de andar
Quero te apertar Quero te morder e já Quero mas não posso, não, porque: - Rubens, não dá A gente é homem O povo vai estranhar Rubens, pará de rir Se a tua família descobre Eles vão querer nos engolir
A sociedade não gosta O pessoal acha estranho Nós dois bricando de médico Nós dois com esse tamanho
E com essa nova doença O mundo todo na crença Que tudo isso vai parar E a gente continuando Deixando o mundo pensar
Minha mãe teria um ataque Teu pai, uma paralisia Se por acaso soubessem Que a gente transou um dia
Nossos amigos chorando, A vizinhança falando, O mundo todo em prece Enquanto a gente passeia, Enquanto a gente esquece
Quero te apertar Quero te morder, me dá Só que eu sinto uma Dúvida no ar: - Rubens, será que dá? A gente é homem O povo vai estranhar Rubens pára de rir Se a tua família descobre Eles vão querer nos engolir
Rubens, eu acho que dá pé Esse negócio de homem com homem, Mulher com mulher
Compositor: Mario Augusto Aydar (Biafra) (AMAR)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 2018 (17/Out) e lançado em 2001 (01/Ago)ECAD verificado obra #50593 e fonograma #17366609 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM